terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Minta para mim

A maioria dos profissionais são menos hábeis em detecção de mentiras do que eles pensam ser. Em um estudo de referência, Ekman e O'Sullivan perguntaram para representantes de diversas profissões para determinar se uma mulher em uma gravação de vídeo estava descrevendo suas emoções com sinceridade. Esses especialistas (psiquiatras, juízes, policiais, e examinadores polígrafos) todos lograram não melhor do que o acaso.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Mentirinha inofensiva

Os médicos sabem que fazer um diagnóstico exato depende do fornecimento de informações confiáveis pelos pacientes e seus familiares, e que os cuidados em tempo útil, astuto, e compassivo dependem de comunicações bidirecionais eficazes (entre o paciente e o médico). Infelizmente, ambos são, muitas vezes, prejudicados por comunicações complicadas; cada grupo detém, distorce, ofusca, fabrica, ou mente sobre a informação que é crucial para a relação médico-paciente e para um tratamento eficaz.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Medicamentos, eis a questão

Como foi dito nas postagens anteriores, mentir para o médico ou omitir informações importantes para ele pode prejudicar o tratamento do paciente. Além disso, seguir o tratamento indicado e usar os fármacos indicados é um problema bastante comum.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Relações de confiança

Os médicos precisam conhecer a verdade para que possam ter uma visão clara da saúde do paciente, mas é difícil de admitir certas coisas a um estranho. É preciso uma enorme quantidade de conforto por parte do paciente com o médico para aquele ser capaz de falar honestamente.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Falando sobre S-E-X-O

As práticas sexuais são, provavelmente, o assunto mais difícil para se falar com o médico. No entanto, se você está relutante em falar abertamente sobre sexo, o diagnóstico pode nunca chegar a tempo de evitar uma crise de saúde.

A American Social Health Association estima que 15 milhões de pessoas nos EUA adquirem uma doença sexualmente transmissível (DST) a cada ano. Uma das mais comuns é o papilomavírus humano (HPV), as quais, pelo menos, 80% de todas as mulheres são infectadas aos 50 anos de idade, de acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Certos tipos de HPV podem causar mutações nas células do colo do útero, possivelmente levando ao câncer de colo do útero. É por isso que as mulheres sexualmente ativas são instruídas a fazer o exame de Papanicolau regularmente.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Uma cerveja… ou seis?

Ninguém quer admitir que tem um problema com a bebida, ou até mesmo parecer ter um problema. Você pode mentir sobre o quanto você bebe, mesmo se beber moderadamente, por medo de ser rotulado como um alcoólatra.

Se você bebe muito e conta isso para seu médico, sabe que vai ter uma palestra sobre reduzir a bebida, então você sente que não faz sentido ser honesto sobre isso. Mas os médicos não estão lá para repreender—eles estão lá para ajudar.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Mentirinha médica


O Dr. House já deve ter escutado muitas mentiras de pacientes. Seu lema — “Todos mentem” — deixa isso bem claro. Se a arte imita a realidade, é de esperar que mentiras também ocorram no cotidiano do médico.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Procedimentos de um diagnóstico diferencial

Existem vários métodos de realizar um procedimento de diagnóstico diferencial, mas, em geral, baseia-se na ideia de que este começa por considerar o diagnóstico mais comum em primeiro lugar: um resfriado contra uma meningite, por exemplo. Como um lembrete, os estudantes de medicina são ensinados o princípio da Navalha de Occam: “Quando você ouvir cascos, procure por cavalos, não por zebras”, que significa procurar o mais simples, a explicação mais comum em primeiro lugar. Só depois afastando o diagnóstico mais simples se o médico considerar diagnósticos mais complexos ou exóticos.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Diagnostico diferencial

Um diagnóstico diferencial é um método de diagnóstico sistemático utilizado para identificar a presença de uma entidade, onde várias alternativas são possíveis (e o processo pode ser denominado processo de diagnóstico diferencial). O diagnóstico diferencial também pode ser definido como processo para distinguir dois distúrbios de aparência semelhante. É necessário analisar detalhadamente a origem, a caracterização e o desenvolvimento dos sinais e sintomas para se chegar à conclusão de que pertencem a um determinado distúrbio e não a outro.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Acreditar ou não no paciente?

Nesse blog falarei algo que acredito ser corriqueiro na rotina dos médicos brasileiros e do resto de mundo. Acreditar ou não no paciente? A princípio, a resposta para essa pergunta parece ser bem simples, mas espero — isso mesmo, espero, pois não tenho certeza ainda — fazer com que não seja tão simples defini-la.

Esse tema é bastante subjetivo, por isso não esperem certezas ou fórmulas. Abordarei aquilo que acreditar ser importante, bem como o que for sugerido pelos comentaristas. Minha visão de mero acadêmico provavelmente não contemplará a complexidade do tema, mas farei o possível. Quiçá nem mesmo um médico alcançaria tal feito. Uma análise mais abrangente deveria ser feita por psicólogos e outros profissionais do gênero.

No entanto, apesar das dificuldades, saber se o paciente está mentindo ou omitindo informações pode salvar a vida dele. Logo, é importante atentar-se para esses detalhes que fazem uma enorme diferença. Por último, quero dizer que, a partir de agora, tomarei cuidado quando sugerir algum tema para blog, porque alguém pode acabar tendo que abordá-lo.