sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Acreditar ou não no paciente?

Nesse blog falarei algo que acredito ser corriqueiro na rotina dos médicos brasileiros e do resto de mundo. Acreditar ou não no paciente? A princípio, a resposta para essa pergunta parece ser bem simples, mas espero — isso mesmo, espero, pois não tenho certeza ainda — fazer com que não seja tão simples defini-la.

Esse tema é bastante subjetivo, por isso não esperem certezas ou fórmulas. Abordarei aquilo que acreditar ser importante, bem como o que for sugerido pelos comentaristas. Minha visão de mero acadêmico provavelmente não contemplará a complexidade do tema, mas farei o possível. Quiçá nem mesmo um médico alcançaria tal feito. Uma análise mais abrangente deveria ser feita por psicólogos e outros profissionais do gênero.

No entanto, apesar das dificuldades, saber se o paciente está mentindo ou omitindo informações pode salvar a vida dele. Logo, é importante atentar-se para esses detalhes que fazem uma enorme diferença. Por último, quero dizer que, a partir de agora, tomarei cuidado quando sugerir algum tema para blog, porque alguém pode acabar tendo que abordá-lo.

8 comentários:

  1. Como foi dito na postagem, acreditar ou não no paciente parece ser um tema estranho à primeira vista. No entanto, se analisarmos com cuidado, podemos ver que muitas vezes o médico ocupa um papel de carrasco, isto é, algumas pessoas olham o médico como aquela pessoa que vai trazer à luz todos os seus problemas e fraquezas. Dessa forma, receber o resultado de exames pode não ser uma experiência positiva para muitas pessoas e é desse pensamento que surge a vontade de enganar o médico. Isso pode ser feito através de atitudes simples, como uma mentira sobre sua rotina, ou até a alteração de exames clínicos.

    ResponderExcluir
  2. Acredito que o médico deva sempre desconfiar do paciente trabalhando com uma margem de erro, uma vez que muitas vezes o paciente pode omitir alguns pontos decisivos sobre sua rotina para o diagnóstico de uma doença. Daí a importância d realização de exames físicos e laboratoriais.

    ResponderExcluir
  3. Mentir no consultório pode ser bastante perigoso, visto que inúmeros diagnósticos são formulados através de como o paciente transmitiu sua sintomologia. Um diagnóstico diferencial, por exemplo, é um conjunto de hipóteses formuladas pelo médico com base no que o exame clínico e o diálogo com o paciente apresentaram, Assim, se o paciente mente, serão formulados pelo médico outras hipóteses incorretas e que podem no fim prejudicar o tratamento e a saúde do paciente. Como foi explícito no post, o tema é bastante subjetivo e pode elucidar perguntas como: Por que os pacientes mentem, já que eles serão os prejudicados? Uma das causas pode ser o medo de estar doente fazendo com que o indivíduo esconda para si mesmo os sintomas de uma doença e acaba não transmitindo essas informações ao médico.
    Referência: http://pt.wikipedia.org/wiki/Diagn%C3%B3stico_diferencial

    ResponderExcluir
  4. Acredito que para evitar, ou ao menos diminuir, as mentiras contadas em consultórios pelos pacientes, é preciso que o médico estabeleça uma relação de confiança com quem ele atende. Assim, é menos provável que o paciente omita informações fundamentais para a busca do diagnóstico.

    ResponderExcluir
  5. Acredito que, muitas vezes, não se trata nem de um mentira contada no consultório, de caso pensado, mas sim da omissão de alguma informação que se fizesse valiosa a situação por pura falta de diálogo entre médico e paciente, por uma anamnese mal realizada. Nesses casos, a culpa não pode ser atribuída ao paciente, mas sim ao médico, que falhou em um princípio básico do ato médico, ao esquecer ou até mesmo julgar certo questionamento desnecessário, mas que, adiante, poderá ser o diferencial entre um diagnóstico bem sucedido ou não.

    ResponderExcluir
  6. Uma vez que é um assunto muito sério, no qual depende completamente a saúde dos pacientes, apesar de ser essencialmente papel do paciente entender a importancia disso e atender às condições basais de forma adequada, é de suma importacia que o médico (e outros profissonais envolvidos) sejam ceticos sobre os resultados e façam o possível para verificar sua veracidade.

    ResponderExcluir
  7. Um grande problema acerca da confiar ou não no paciente está no fato de que, na maioria das vezes, não há um vínculo entre o médico e o paciente que permita que o profissional conheça o paciente o suficiente para poder acompanhar seu histórico médico e hábitos de vida, quanto à alimentação, prática de atividade física e etc. Nesse contexto, o médico da família se faz importante, porque este pode acompanhar o paciente durante tempo o suficiente para a criação desse vínculo, dessa forma, fica mais fácil confiar (ou saber quando não confiar) no paciente.

    ResponderExcluir
  8. Um médico adquire experiencias clinicando que não são obtidas durante o curso de Medicina em qualquer universidade do mundo. Essa experiencia é fundamental quando tratamos desse assunto. Enganar o médico é algo normal para a maioria da população brasileira. Muitos omitem algo ou contam mentiras para evitar maiores constragimentos. Dessa maneira, o que pode ser um caso mais grave, acaba tornando-se apenas algo superficial. Porém, médicos mais experientes são capazes de perceber uma mentira ou uma verdade.

    ResponderExcluir