O diagnóstico diferencial inclui quatro fases. O médico:
- Reúne todas as informações sobre o paciente e cria uma lista de sintomas. A lista pode ser feita por escrito ou na cabeça do médico.
- Lista todas as causas possíveis (condições prováveis) para os sintomas. Novamente, isso pode ser feito por escrito ou na cabeça do médico.
- Dá prioridade a lista, colocando as causas mais urgentemente perigosas possíveis no topo da lista.
- Descartar ou tratar as possíveis causas, começando com a condição mais urgente e perigosa e assim sucessivamente. Para descartar, geralmente, utilizam-se testes e outros métodos científicos para determinar que uma condição provável tem uma probabilidade clinicamente insignificante de ser a causa.
Em alguns casos, não se pode definir um diagnóstico. Isto sugere que o médico cometeu um erro, ou que o verdadeiro diagnóstico é desconhecido para a medicina. O médico remove diagnósticos a partir da lista de observação e aplicação de testes que produzem resultados diferentes, dependendo do diagnóstico está correto.
No entanto, a falta de diagnóstico ou imprecisão deste pode decorrer das informações imprecisas ou erradas apresentadas pelo paciente. Nesse caso, o médico deve antecipar as possíveis contradições nos relatos do paciente (propositais ou não) e reconsiderar algum diagnóstico descartado.
O diagnóstico diferencial é muito importante no caso da detecção de demências. A demência pode ser definida como uma síndrome resultante do declínio progressivo da capacidade intelectual do indivíduo. Ela é caracterizada pela perda da capacidade de memorizar, de resolver os problemas do dia a dia, o que interfere em seus relacionamentos e atividades sociais e profissionais. Algumas doenças podem apresentar manifestações comportamentais características da demência. Nesse caso, o diagnóstico diferencial é de extrema importância, porque elas são passíveis de tratamento e o indivíduo retoma a vida normal.
ResponderExcluirDemência ainda não tem cura, mas tem tratamento que pode retardar a evolução do processo.
http://drauziovarella.com.br/envelhecimento/demencias/
Como foi deixado claro no final da postagem, um erro de diagnóstico não pode ser atribuído apenas ao médico, já que o paciente pode omitir informações importantes para o diagnóstico. Mas, pode ocorrer também um erro médico no diagnóstico, por exemplo, é até um comum que mulheres com câncer de ovário sejam diagnosticadas como Síndrome do Intestino Irritável, já que ambas promovem dores abdominais e distensão, esse fato prejudica o tratamento da paciente e diminui as suas chances de cura, devido a demora no diagnóstico correto. Doenças, como o lúpus e a fibromialgia também costumam ser diagnosticadas como stress. Tudo isso mostra a importância do Diagnóstico Diferencial afim de mostrar ao médico todas as possibilidades de doenças que pertencem aquele grupo de sintomas, evitando que o diagnóstico seja incorreto e prejudique os pacientes.
ResponderExcluirReferência: http://www2.fm.usp.br/tutores/bom/bompt58.php
Como o diagnóstico diferencial prega, é necessário analisar detalhadamente a origem, a caracterização e o desenvolvimento dos sinais e sintomas para se chegar à conclusão de que pertencem a um determinado distúrbio e não a outro. Um caso típico da importância desse diagnóstico é em problemas de gagueira e outros distúrbios de fala. Os distúrbios que mais frequentemente podem se confundir com a gagueira são: fala rápida, disfonia espasmódica, tiques e mioclonia.
ResponderExcluirFonte: http://www.gagueira.org.br/conteudo.asp?id_conteudo=36
Apesar de normalmente levar em conta o principio da navalha de Occam, para haver um diagnóstico eficiente, não pode-se tomar como verdadeira a primeira possibilidade que surgir, uma vez que doenças psicológicas são facilmente confundidas e que um diagnóstico incorreto pode levar a um tratamento incorreto e agravar a doença. Um exemplo de como diagnósticos tem sido muito levianos é o uso excessivo de ritalina nos mais variados casos, sem levar em conta nenhuma outra possibilidade além do TDAH; dessa forma, o problema não é resolvido e o paciente sofre dos efeitos colaterais dessa forte droga.
ResponderExcluirA execução desse procedimento requer um conhecimento teórico e clínico abrangente do médico. Muito do conhecimento anatômico e bioquímico, isto é, teórico pode ajudar na escolha de probabilidade dos casos. Por exemplo, numa situação de engasgo do paciente o médico pode procurar o objeto causador do problema primeiro no brônquio direito ao invés do esquerdo em virtude da diferenças anatômicas que favorecem o aparecimento do problema no primeiro. Esse conhecimento, portanto, deve estar bem organizado na mente do médico para ajudá-lo a discernir sobre as probabilidades de diagnósticos
ResponderExcluirO princípio da Navalha de Occam geralmente é o correto, mas pode ajudar a mascarar uma doença mais complexa que se desenvolve enquanto o profissional tenta tratar uma doença mais simples. Por isso, o diagnóstico diferencial deve ser feito com extremo cuidado por parte do médico, para que não se inicie um tratamento errado, fazendo assim com que a doença continue a progredir enquanto o paciente toma medicamentos para outra doença. Como exemplo, temos diversos casos de endometriose que se confundem com cólicas menstruais, então a doença pode se desenvolver por anos enquanto as mulheres se "tratam" com anti-inflamatórios acreditando que estão tendo apenas cólicas comuns ao período menstrual.
ResponderExcluirO diagnóstico diferencial é o processo para distinguir dois distúrbios de aparência semelhante. É necessário analisar detalhadamente a origem, a caracterização e o desenvolvimento dos sinais e sintomas para se chegar à conclusão de que pertencem a um determinado distúrbio e não a outro. Em diversos casos, é necessário fazer o diagnóstico diferencial entre a gagueira e outros distúrbios de fala. Os distúrbios que mais frequentemente podem se confundir com a gagueira são: fala rápida, disfonia espasmódica, tiques,mioclonia, entre outros.
ResponderExcluirfonte: http://www.gagueira.org.br/conteudo.asp?id_conteudo=36